28 julho, 2010

Quem é de Axé, tem que dizer que é, até nas urnas! Esta é a hora.


Como um defensor incondicional da Religião Afro Brasileira e da Umbanda, tenho estado há alguns anos pelo Brasil afora defendendo os Direitos à liberdade de culto, acesso a saúde, segurança alimentar, educação entre tantas ações necessárias à inclusão dos nossos terreiros em espaços que lhe são devidos centenariamente neste País.

Uma das grandes questões que tenho colocado frente às perseguições que a Religião de Matriz Africana e Umbanda sofrem de norte a sul do País, além dos ataques das igrejas eletrônicas, são dos parlamentares eleitos. Pastores ou seguidores de outras denominações religiosas que se valem destes cargos para criarem leis que tentam coibir as nossas práticas. Um exemplo disto é a Lei dos Animais de 2003 e a Lei do Silencio de 2008 ambas propostas por pastores. É agora que devemos rever nossos conceitos políticos. É uma grande responsabilidade que temos e o dever de dar respostas nas urnas. Não basta ser simpatizante, pois estes, temos aos borbotões nas portas de nossos terreiros. É preciso ser do Axé e ser comprometido com esta causa, além de ter TRAJETÓRIA. Tenho visto propagandas políticas de candidatos que sem sombras de dúvidas são do axé, mas que faltam com a verdade quando se dizem lutadores contra a intolerância religiosa. Utilizam imagens de movimentos protagonizados por mim enquanto CEDRAB-RS como a Primeira e Segunda Marcha Pela Vida e Liberdade Religiosa realizadas em Porto Alegre bem como movimentos de protestos nas ruas protagonizados por religiosos e simpatizantes, menos estes candidatos. Há que se ter acima de tudo ética. Sem esta prerrogativa que políticos teremos?

No ultimo dia 26 de julho de 2010, estivemos mais uma vez as 14 horas no TJ-RS para sermos julgados através da Adin que impetramos contra a Lei do Silêncio e ouvirmos leigos dizer que nossos tambores são criminosos. Esta justiça falha sempre, e falha muito, mas a de Sango jamais. E estes defensores? Onde estavam e por que não sabiam do julgamento? Depois que a criança nasce, aparecem diversos Pais, como dizia minha avó, saudosa Mana de Iansã “Papagaio come milho e o periquito leva fama!” Não se deixe enganar, e não deixe seu voto passar em branco, vote em quem é do axé! Se “eles” podem, nós também podemos, vamos eleger nossos parlamentares.

Nas Eleições de 2010 estarei com Mãe Vera Soares de Oiya Laja (13151) mulher negra e do axé para deputada estadual, Flavio Ponle de Souza de Ogun (1215) homem negro e do axé para Deputado Federal, Paulo Paim, homem negro Senador Tarso Genro para Governador e Dilma Roussef para Presidente.


Baba Diba de Iyemonja
Babalorisa da Comunidade Terreiro Ilê Axé Iyemonja Omi Olodo – RS
Coord do Núcleo RS da Rede Nacional de Religião Afro e Saúde
Diretor da Africanamente Centro de Pesq. Resg e Preserv Tradições Afrodescendentes
Conselheiro da CEDRAB-RS – Congregação em defesa das Religiões Afro Brasileiras

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