01 julho, 2009

NASCE O FORUM NACIONAL DE RELIGIOSOS DE MATRIZ AFRICANA

Depois de diversos dias de debates e conversas em reunião durante a II conapir, religiosos de matriz africana, a partir do entendimento de que existe uma necessidade de diálogo de unidade e sintonia para as demandas que dizem respeito a sua religião, criam o fórum nacional de religiosos de matriz africana. Este fórum terá como papel principal discutir pautas em comum e dizer qual a opinião de seus praticantes a respeito de temas como vida após a morte, aborto, genética, respeito às demais religiões e outros temas polémicos, onde as religiões de matriz africana precisam mostrar para o estado brasileiro qual sua opinião.

A importância da criação do Fórum se dá pela necessidade do surgimento de políticas públicas direcionadas às comunidades de terreiro, que a partir de então, terá um canal de dialogo que reúna a diversidade religiosa existente no país com sua representatividade, criando assim um espaço de debates permanente com a agênda governamental. Depois de instalada, a primeira reunião este fórum pensará seu o formato como um todo, para que as demandas levadas por este segmento possam ser efetivadas e sanadas. “Este fórum nasce em um momento em que o estado brasileiro vem, após as várias reivindicações destes religiosos, desenvolver um olhar sensível após o marco central que é Durban”. Disse o secretário Municipal da Reparação de Salvador, Ailton Ferreira.

Para mãe Beata de Yemonjá, que se posicionou a favor da criação do fórum, “este tem o papel de ser uma Cnbb (a exemplo da organização católica, para o povo de Santo que dirão quais os temas centrais para o total respeito do estado brasileiro com as religiões de matriz africana”. Outro religioso que se posicionou a favor da criação do fórum foi Babá Diba de iYemonja, coordenador do CEDRAB-RS. Para ele, o fórum “É central por permitir que possamos falar de nós com nós mesmo e por que unidos o povo de axé nunca irá se quebrar”.Para o Tata Libutu Konmannanjy do terrreiro Unzô kwa Mpaanzu de Salvador “Através deste fórum poderemos fazer política sem deixar de olhar nossa ancestralidade”.

Um abraço coletivo do povo de Santo encerrou a reunião que para Pai Anderson de Oxalá do Ilé axé Alá obatalandê em Lauro de Freitas-Bahia “agora realmente acredito que teremos uma linha de dialogo com o governo de forma direcionada e com igualdade”. As representatividades religiosas presentes na conferência saem da mesma então, com o papel de mobilizar seus estados e municípios, pois esta é uma luta que necessita da ajuda do coletivo praticante ou não da religião pois, sendo praticantes ou não todos devem às religiões de matriz africana.Completou Pai Anderson de Oxalá.

IN Luciane Reis

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