A juventude afro-gaúcha foi brindada com mais esta conquista NO DIA 29/06/2007, pleiteada pelo movimento estudantil pelas cotas, movimento social negro e pelo movimento contra a intolerância religiosa e pela cidadania do povo negro. Depois de 10 horas de tensão o consun aprovou cotas raciais na Ufrgs e 10 vagas para índios.
O movimento pelas cotas fez com que muitos racistas mostrassem sua cara em um estado que tenta provar a todos que o racismo não existe. Todos nós sabemos que o RS é o berço do racismo e a terra do conservadorismo. A luta aqui pelos direitos do povo negro e por reparação é muito árdua. A votação das cotas no conselho me arremeteu ao dia 29 de junho de 2005 quando nós, religiosos de matriz africana fomos julgados no TJ-RS e ouvimos manifestações absurdas dos desembargadores não tão absurdas quanto de alguns membros do consun que se dizem educadores, mas mais uma vez a descencia venceu!!! Queremos muitos jovens negros na UFRGS que virou um espaço de filhinhos de papai e uma instituição de exclusão nos últimos tempos, quadro este, que deve ser revertido com a aprovação das cotas. Esta decisão deverá começar a corrigir as disparidades da piramide social onde os negros estão na base, assim como também, ao contrario do que perguntaram alguns membros do consun, o que que a educação tem haver com problemas sociais?, deve sim refletir na redução do genocídio da nossa juventude negra.
O dia 29 de junho além de ser um dia que a maioria dos religiosos de matriz africana defendem de ser o dia do Bara Lode, pela relação sincrética históricamente criada, passou a ser um dia de luta e conquista já que em duas situações nos vimos frente a uma grande luta neste dia e com vitória. ALUPO BARÁ!!!
31 agosto, 2007
COTAS NA UFRGS ! UMA CONQUISTA!


VIVA AS COTAS!!!!
3 comentários:
As desigualdades entre as raças/etnias observadas no Brasil de hoje nada mais são que o resultado cumulativo das desvantagens iniciais transmitidas através das gerações.
As políticas de “ação afirmativa” ou “discriminação positiva” são instrumentos de que a sociedade dispõe para compensar essas desvantagens impostas às vítimas da escravidão e seus descendentes, com o objetivo de colocá-los na mesma condição competitiva que os outros segmentos da sociedade.
Numa linguagem bem direta, pode-se dizer que se trata apenas de “pagar os atrasados” ou de “recuperar o tempo perdido”.
“Tratar desigualmente os desiguais para promover a igualdade”
Quantos negros, índios, ou seja, a sua maioria de pobres neste país, tão melhores ou superiores foram deixados para trás pela simples culpa de sua cor ou etnia? Que alguns vão ser privilegiados em detrimento de outros isso é certo, mas é necessário um mínimo de sensatez para alcançar a amplitude deste acontecimento (cotas).
Para que as mulheres estejam onde estão hoje foi preciso que o direito criasse leis e o Estado ações como licença maternidade, incentivo de contratação das mesmas em empresas e igualdade salarial para iguais funções e formações masculinas. Nós mulheres brasileiras hoje estamos nos cargos que ocupamos, nas faculdades que cursamos e mesmo nos espaços sociais que permeamos porque o governo bancou isso com legislação protecionista. Gostaria muito que as mulheres que hoje tem este olhar rápido e negativo para as ações afirmativas, se informassem um pouquinho sobre nossa história recente e percebessem a diferença entre ser um ser IGUAL ou INFERIOR e SEM ACESSO aos espaços do homem branco brasileiro. E é disso que se está falando e é por isso que se está lutando = EQÜIDADE
Ao contrário do que se pensa as ações afirmativas têm um prazo de validade, precisam ser analizadas de tempo em tempos e são regidas pelos princípios da proporcionalidade e razoabilidade, ou seja, essas ações não perdurarão ad eternum.
Bábà Diba,
estou colocando um link daqui no meu blog, tá?
http://maralanez.spaces.live.com/
Abração
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