02 abril, 2016

Povo de Terreiro do Brasil

TODOS CONTRA O GOLPE E PELA A MANUTENÇÃO DA DEMOCRACIA


Estamos vivendo um momento da história do Brasil de degradação, de retrocesso e de violação dos Direitos humanos e à nossa constituição.


Nós, Povo de Terreiro do Brasil, que estamos nos morros e nas periferias das Capitais e Estados, nos Bairros mais pobres e que representamos o povo mais carente de politicas sociais, precisamos mostrar de que lado estamos e sair as ruas para defender a democracia e os avanços sociais conquistados com muita luta a partir de um governo popular que soube olhar para esta camada da sociedade que nunca antes teve acesso ao bem público e que através destas políticas, muitos saíram da linha da miséria e da fome.

O que estamos assistindo é um espetáculo da burguesia, da classe média alta, da direita orquestrado pela Rede Globo e por alguns membros do judiciário que se arvoram a autodeclarar suas posições partidárias autocratas, que travestidos de combate a corrupção promovem caças as bruxas à todos que defendem politicas sociais, a democracia e ao maior, melhor e mais popular presidente da republica que nosso Pais já teve, Luís Inácio Lula da Silva e à nossa Presidenta Dilma.

Nosso povo não pode ficar alienado, alheio, na ignorância e na inércia, sendo colonizados e manipulados dia e noite pela Rede Globo seus teles jornais tendenciosos, suas novelas e pelos Big Broders da vida.

Vamos acessar a História meu povo! 

Vamos discutir política e participar dela! 

Vamos parar de apenas emitir opiniões e críticas virtuais, repetindo o que os patrões e patroas falam diariamente, os sinhozinhos e sinhás, vamos para as ruas, pois é lá o exercício Pleno da Democracia através dos enfrentamentos e luta pelos nossos direitos. 

Vamos mostrar a nossa cara e as nossas cores colocando nossos Orixas, Nkisis, Voduns, Caboclos, Pretos Velhos, Exus e Pombas Giras a serviço desta democracia e contra o Golpe.

Com tantos meios de pesquisa, qualquer cidadão e cidadã, que não faz ouvidos moucos para a verdade que a cada dia eles mesmos divulgam, e tentam distorcer e só acredita quem já tem seu foco e objetivo definido, que é a derrubada do governo Dilma e o fim da democracia e quem sabe a volta da ditadura. Loucos!

Os movimentos sociais mais representativos na sociedade estão acordando e já estão nas ruas: Artistas, Intelectuais, Universidades, ONU, CUT, Centrais Sindicais, mas esta faltando o morro descer e as periferias tomarem as ruas, e nós, representamos esta camada da sociedade que ainda é base de todas as pirâmides e seremos os mais afetados pela queda da democracia.

Se hoje podemos girar nos cruzeiros e reunir nossas figuras mais ilustres, isto se deve às conquistas em uma realidade democrática, pois dos tempos da ditadura, nos lembramos bem, das invasões e quebras do nosso sagrado, prisão e morte de nossas autoridades.

Ainda sofremos perseguições, ainda nossos terreiros são apedrejados, invadidos e incendiados, ainda não conseguimos registrar ocorrências tipificadas como racismo e intolerância religiosa e ainda sofremos condenações judiciais por falta de compreensão de nosso legado civilizatório e por racismo dos “Sergios Moros” da vida, bem menos não há duvidas, mas numa crescente. Com retrocesso, será bem pior!

O PL 21, enfrentamento que tivemos no ano de 2015, foi um exemplo do racismo contemporâneo que possui diversas facetas, pois vem travestido de defensa dos animais, veganos e combate contra a corrupção. Só o derrotamos por que fomos as ruas, mostramos maturidade e unidade política.

Vamos acordar e nos somar a todo nosso Povo Brasileiro e dizer que não vai ter golpe, vai ter luta!



Quem é de axé, que é de sarava, quem é pelos direitos sociais e democracia, vem com a gente!
Quem é de axé, diz que é!
Quem tem Ori, não baixa a cabeça!

Baba Diba de Iyemonja
Autoridade Civilizatória de Matriz Africana do Ile Ase Iyemonja Omi Olodo
Presidente do Conselho do Povo de Terreiro do Estado do RS
Coordenador Estadual da Renafro-Saúde-RS
Vice Presidente do Africanamente – centro de Pesquisa, Resgate e preservação de Tradições Afrodescedentes
Formando em Saúde coletiva pela UFRGS.
Membro do Coletivo do povo de Terreiro do PT-RS

29 março, 2016

Batuque Gaúcho e suas raízes africanas

TV BRASIL
 Retratos de Fé apresenta a tradição religiosa de matriz africana, que tem grande representatividade no sul do Brasil.

 Iyá Vera Soares no quintal do Centro Memorial de Matriz Africana 13 de agosto - Porto Alegre. Foto: Luisina López Ferrari. 
No Batuque Gaúcho, “os terreiros são miniterritórios de África”, explica Bábà Diba de Iyemonjá. “Quando você entra no portão, já não está mais no Brasil. Tem que pedir “Agô”, licença, pro Exu lodê, pra poder entrar.”
Muitos dos filhos de santo desta religião de matriz africana chegam até a religião levados pela tradição familiar, como Consuelo Gonçalves. “Essa questão da minha religiosidade, ou do meu pertencimento a tradição africana, ela se deve ao interesse de resgatar a memória de um processo contínuo de identificação com a tradição africana, porque sou neta de benzedeira, de rezadeiras.”
O aprendizado dentro do Batuque é constante e contínuo. “Conforme você vai entrando, seria como uma roda, o centro tá lá, as orientações, as energias, os rituais, tão ali no centro, a gente vai se aproximando até entender”, afirma Dilmar Lopes, Omorixá no Centro Memorial de Matriz Africana, em Porto Alegre.
Entre um ensinamento e outro, o jovem Babalorixá de Xangô Dieison Pereira ilustra a fé que os batuqueiros têm na religião. “Batuque é minha vida, é o ar que eu respiro, é o chão que eu piso. O Batuque é o equilíbrio, a felicidade, é tudo de mais sagrado que eu possa perceber neste universo.” 


 Leia o episódio completo pelo portal da TV BRASIL através do link:
http://tvbrasil.ebc.com.br/retratosdefe/episodio/batuque-gaucho-e-suas-raizes-africanas#media-youtube-1


Baba Diba de Iyemonja 
Presidente do Conselho do Povo de Terreiro do Estado do RS 
Acadêmico de Saúde Coletiva pela UFRGS 
Coordenador Estadual da Renafro-Saúde –RS 
Vice Presidente do Africanamente – Centro de Pesquisa, resgate e Preservação de Tradições Afrodescentes.


23 dezembro, 2015

Mãe Stella passará a presentear Iemanjá com cânticos em 2016

No artigo Presença, sim! Presente, não!, publicado na edição desta segunda-feira, 21, em A TARDE, a ialorixá do Ilê Axé Opô Afonjá, Mãe Stella de Oxóssi, revelou que, a partir de 2016, o terreiro não irá colocar presentes no mar em homenagem a Iemanjá.

"Meus filhos serão orientados a oferendar Iemanjá com harmoniosos cânticos. Quem for consciente e corajoso entenderá que os ritos podem e devem ser adaptados às transformações do planeta e da sociedade", diz o texto escrito pela líder espiritual do terreiro fundado por Mãe Aninha em 1910.

"A recomendação feita aos iniciados do Afonjá tem lógica, embora seja diferente da estrutura histórica construída ao longo dos anos.  Cântico também é uma forma de ofertório. Chama a atenção para a possibilidade de cultuar de outra forma baseada na liberdade litúrgica que toda casa tem de dizer como proceder naquele espaço", disse o historiador e religioso do candomblé, Jaime Sodré.

Discussão
O religioso destaca ainda a relevância da discussão. "É importante o candomblé discutir assuntos contemporâneos. Mãe Stella está fazendo a comunidade refletir, apesar de já existir uma preocupação ambiental dos pescadores e frequentadores da festa que deve ser intensificada. Mas, uma tradição que se instalou por um longo período precisa do mesmo prazo para ser revertida", acredita Sodré.

A amplitude da festa em homenagem à Rainha do Mar, realizada no dia 2 de fevereiro, no bairro do Rio Vermelho, foi a principal motivação da recomendação de Mãe Stella.
"A festa adquiriu uma amplitude que ultrapassa a religião. No início era um grupo restrito, mas uma multidão, inclusive de seguidores de outras denominações religiosas, coloca presentes no mar e nem tudo faz bem ao meio ambiente", explica Mãe Stella.

Limite
Portanto, a ialorixá afirma ainda que as obrigações religiosas não deixarão de ser feitas. "Os ritos se fundamentam nos mitos e nestes estão guardados ensinamentos valorosos. O rito pode ser modificado, a essência dos mitos, jamais!".

A sacerdotisa aposta que a mudança deve agradar a divindade. "Creio que irá emanar uma energia maravilhosa, pois vai inspirar a criação de canções lindas para Iemanjá, que ficará muito feliz", disse Mãe Stella. O presente do Ilê Axé Opô Afonjá ocorre no final do ciclo de festas da Casa, no mês de novembro.
O líder espiritual do terreiro Mokambo, tata de inquice Anselmo dos Santos, acredita que - preservando o cuidado com o meio ambiente - a tradição deve ser mantida.
 
"Por conta da consciência ambiental, que tem crescido ao longo do tempo, não acho necessária a retirada dos presentes. No entanto, concordo  e opto pela escolha de materiais que não agridam a natureza e que ela tenha facilidade e capacidade de absorver", afirma.

A questão ecológica durante a Festa de Iemanjá, em fevereiro, tem sido colocada em debate há alguns anos. No próximo ano, a campanha 'Iemanjá protege quem protege o mar'- promovida pelo grupo Nzinga de capoeira angola - completa uma década.

"Fazemos um alerta para que os presentes sejam biodegradáveis, com materiais orgânicos", disse Paula Barreto uma das coordenadoras do grupo.
Os pescadores da Colônia de Pesca Z1 já fazem uma seleção de resíduos dos presentes que são levados ao mar junto com o presente principal feito de material biodegradável.
Procurado para falar sobre assunto, o presidente da Colônia Z1, Marcos Souza, não respondeu até o fechamento desta edição.

Desafio
Não é a primeira vez que a ialorixá que assumiu o Ilê Axé Opô Afonjá desde 1976 propõe discussões dentro da religião.
Na década de 80, Mãe Stella foi a autora de um manifesto que orientava o afastamento do sincretismo - associação entre santos católicos e orixás, inquices e voduns -, prática comum, na época, que estabelecia algum tipo de correspondência dos ritos realizados no candomblé com o catolicismo.
Na ocasião, o documento também foi assinado por sacerdotisas como Mãe Menininha, Olga do Alaketu e Doné Ruinhó.




13 novembro, 2015


Quem é de axé, quem é de saravá, vem com a gente!
Dia 21 de janeiro de 2016 - Dia nacional de combate a intolerância religiosa





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